95% das violações de dados tiveram erro humano como fator decisivo

Por mais avançada que esteja a inteligência artificial no mercado, os humanos ainda têm um papel essencial nas atividades. No entanto, sem o devido treinamento, podem comprometer a segurança dos sistemas. É o que revelou uma pesquisa recente da Mimecast.

De acordo com o levantamento, 95% das violações de dados tiveram algum erro humano como um dos fatores principais, apesar dos investimentos maiores das empresas em treinamentos de segurança digital.

Nesse contexto, informações financeiras e pessoais ficam vulneráveis, resultando em prejuízos bilionários globalmente. Além disso, nos últimos anos, o setor de saúde tem sido cada vez mais impactado por ataques cibernéticos.

Setor de saúde é um dos principais alvos de crimes digitais

A pesquisa revelou que 43% dos entrevistados identificaram situações em que erros de profissionais resultaram em vazamento de dados. Para reduzir esses riscos, quase 90% das empresas estão implementando treinamentos trimestrais voltados para ameaças virtuais.

Hospitais e clínicas estão entre os alvos preferidos de cibercriminosos, que utilizam dados roubados para extorsão, podendo até comprometer tratamentos e colocar vidas em risco.

Um levantamento da Medicina S/A indicou que os Estados Unidos e a América Latina estão entre as regiões mais visadas. No Brasil, foram registrados 106 mil casos no ano passado.

No Texas, por exemplo, um ataque recente a uma rede de saúde obrigou a realocação de pacientes em 30 clínicas, afetando o funcionamento da instituição.

Medidas essenciais para proteger os dados dos pacientes

As informações dos pacientes e as tecnologias utilizadas em tratamentos são altamente valiosas para criminosos virtuais, o que explica a frequência dos ataques. Sendo um serviço essencial, é necessário adotar estratégias de segurança para evitar que vidas sejam colocadas em risco.

Uma das iniciativas mais eficazes é o investimento em treinamentos, permitindo que os funcionários identifiquem ameaças e ajam rapidamente para preveni-las. Outras medidas incluem:

  • Criptografia de dados: protege informações sensíveis, como dados financeiros e resultados de exames, tornando-as acessíveis apenas por meio de códigos de decodificação.
  • Firewall: cria uma barreira entre os dados internos e a internet, impedindo acessos não autorizados e ataques de malware.
  • Acesso controlado: limita o acesso a informações confidenciais a funcionários autorizados, reduzindo o risco de vazamentos.
  • Backup de dados: garante a recuperação de informações em caso de incidentes, podendo ser armazenado na nuvem ou em dispositivos externos.

Software de gestão como alternativa para segurança digital

No Brasil, sistemas de gestão têm sido amplamente adotados por clínicas e consultórios. Segundo um relatório da Doctoralia, 73% das empresas do setor utilizam essa tecnologia, seja por meio de soluções próprias ou terceirizadas.

Plataformas como a Conclínica, por exemplo, oferecem serviços que automatizam o atendimento e otimizam a gestão, integrando agendas, prontuários e exames ao ambiente digital. Além disso, auxiliam na administração financeira e no planejamento estratégico.

Do ponto de vista da segurança, softwares de gestão também desempenham um papel fundamental, com backups automáticos e barreiras contra invasões, entre outros recursos.

Diante do avanço das ameaças cibernéticas, investir em soluções tecnológicas e treinamentos se tornou essencial para garantir a proteção dos dados durante as atividades.

Caio Ferreira Irineu
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